O mercado de energia elétrica tem, globalmente, segundo a Empresa
de Pesquisa Energética (EPE), capacidade anual instalada de 7.064 GWh.
O país é, de acordo com a CCEE, um dos dez líderes mundiais em termos de consumo e movimenta, anualmente, cerca de R$ 120 bilhões. Desse montante energético consumido, 34,4% são negociados no mercado livre e essa participação pode chegar a 60% com evoluções regulatórias atualmente em discussão.
O mercado livre brasileiro, mesmo que tenha avançado significativamente nos últimos anos, ainda é recente. As primeiras normas dele foram estabelecidas a partir da Lei 9.074/1995, sendo que em 1999 aconteceu a primeira operação. As principais regras e procedimentos vigentes, contudo, foram publicadas em 2004, simultaneamente com a criação da CCEE, entidade reguladora que promove leilões de energia e que funciona como uma câmara de registro de contratos de compra e venda de energia elétrica.
Segundo a legislação brasileira atual, podem se tornar consumidores livres as empresas que utilizam demanda superior a 1 MW e as companhias consumidoras especiais que utilizam mais de 500 KW e, ainda, adquirem energias renováveis. O ACL, que conta com 9.930 consumidores livres e especiais, contrapõe-se ao Ambiente de Contratação Regulada (ACR) – com 88 milhões de consumidores cativos -, em que distribuidoras de energia elétrica vendem energia aos seus consumidores sujeitos a tarifas reguladas.
Hoje, grande parte desses consumidores livres se conecta – diretamente ou indiretamente, por meio das comercializadoras que contratam – à BBCE. Cerca de 300 empresas utilizam os serviços da BBCE, sendo a maior parte delas comercializadoras.
Com as discussões legais de ampliação do mercado, esse segmento poderá crescer ainda mais e constantemente aprimoramos as soluções para suportar o crescimento do mercado tanto em volume quanto em eficiência operacional, com soluções para toda a cadeia de valor do ativo energia. Tudo isso com suporte do EHUB, a mais avançada plataforma do mercado que conecta o setor ao futuro da negociação, bem como de soluções de open innovation e conexão, como as BBCE APIS.
A BBCE nasceu em 2012 e foi criada do mercado para o mercado. Até então, a totalidade das operações no mercado livre acontecia por telefone e parecia distante a migração à tela. Era necessário iniciar tudo do zero: expertise, tecnologia, práticas, regulação e migrar à tela negócios que eram fechados por voz. Como vimos em diversos cases de negociação de ativos do mundo, a solução veio do mercado. Era natural e tendência que os próprios players se unissem para criar a sua infraestrutura.
Essa iniciativa, que já nasceu grande pelos acionistas fundadores que tinha, expandiu, atingindo os mais diversos players de todo o Brasil. O mercado, definitivamente, está aqui, crescendo, ganhando força e se tornando cada vez mais digital. Cabe destacar que os negócios com energia elétrica na BBCE podem acontecer de diferentes formas:
Contrapartes e limites são selecionados previamente e ofertas em tempo real.
As operações são formalizadas pela BBCE Boleta Eletrônica.
Certames de compra e venda tanto abertos quanto fechados.
Em todas as situações, é possível utilizar o BBCE Contrato Padrão, testado e aprovado no judiciário, que unificou e trouxe mais segurança jurídica aos negócios. Ou então optar por contratos elaborados e acordados entre as partes.
Com metodologia proprietária baseada em negócios reais, a BBCE calcula a curva de preços futuros de energia. Esses dados são referências importantes para a tomada de decisão e gestão de riscos de traders de todo país. Outro dado que nossos clientes podem se beneficiar são nossos relatórios referentes a negócios e contrapartes com que negociam.
A liquidez está na BBCE, que há duas décadas conecta o mercado livre.